domingo, 16 de maio de 2010

Capitulo 1

O Seqüestro – Parte 1

Eu sabia que ficar em frente ao computador não me traria futuro algum, mas eu estava me divertindo o suficiente para uma noite de sexta-feira. As pessoas idiotas que me faziam rir na internet o tempo que eu ficava em casa, era como se estivessem ali comigo, mas o meu celular me tirou da realidade virtual e me colocou de pé na realidade mundana.
- Alô?
- Mandy, sai na frente da sua casa agora!
- Agora? Tá doido Dan?
- Estamos passando ai.
Eu fiquei sem ação por um milésimo, até me dar conta de que tinha que sair para descobrir o que o maluco do Dan queria. Abri a porta da sala no maior cuidado possível, não queria que alguém acordasse, abri o portão e em questão de segundos um corsa verde escuro parou. De dentro, Dan levanta e passa para o banco de trás deixando o da frente livre para mim.
- Vamos, entra no carro! – ele disse afobado.
- Hã? Para onde nós vamos? – eu estava tentando entender.
- Entra no carro – Disse Jeff no banco do motorista.
- Ok. – assim, entrei no carro, fechei a porta e saímos de frente da minha casa.
- Ok, onde estamos indo?
- Para Promissão! – disse Jeff.
- PROMISSÃO? – eu disse um tom acima da minha voz – Tá maluco? Eu to de short, to descalça, eu deixei tudo ligado em casa, preciso voltar.
- Ah Mandy, voltar? Não, nós vamos pra lá e pronto!
- Não, é sério, eu vou, mas tenho que avisar minha mãe, e desligar tudo, e vestir algo descente. – tentei amenizar as coisas, e deixando a entender que sair não seria problema.  Jeff me olhou por dois segundos como se estivesse pensando.
- Ok – Ele fez a volta e voltou para a minha casa, já estávamos a três quadras de distancia, e eu só conseguia pensar se minha mãe tinha acordado e me visto sair, e se aqueles meus amigos virtuais estavam me chamando feitos loucos no MSN.
Ele parou o carro na frente da minha casa e entrei correndo, desliguei o computador direto no estabilizador, corri para o meu quarto e peguei uma calça qualquer e vesti, continuei com a mesma blusa preta de alça fina e coloquei um tênis. O problema maior era acordar minha mãe, eu tinha um certo receio de falar para ela que eu iria sair, mas quando cheguei perto da porta do quarto dela, ela apareceu, parecia que tinha lido meus pensamentos ou adivinhado as minhas vontades.
- Mãe, vou sair com o pessoal, eles estão ai na frente. – eu disse sem olhar nos olhos dela e com medo dela me proibir.
Ela me olhos com a pior cara de sono que ela poderia ter e assentiu.
- Só não volta muito tarde.
Eu só conseguia pensar, “foi mais fácil do que eu pensava”, ainda bem, era um peso a menos.
-Ok mãe, não se preocupe.
Sai, tranquei a porta, e enquanto eu achava que tudo estava certo e tranqüilo, no momento que abri o portão, meu cachorro escapa e corre uma quadra de distancia antes que eu consiga pensar em algo.
- Eu não acredito! – eu não tinha reação, nem força o suficiente para correr atrás de um cachorro, era o fim do mundo para mim. E o pior de tudo era ver meus amigos rindo de mim, mas incrivelmente eu estava de bom humor e conseguia só rir com eles, mas rindo ou não, eu tive que sair correndo atrás do meu cachorro, não foi uma tarefa fácil pega-lo no colo, ele era definitivamente pesado, e também estava bem sujo, o cheiro dele não era uma coisa muito agradável, mas tive que agüentar, afinal, meu cachorro, minha responsabilidade.
Carreguei-o por uma quadra e meia, consegui trancá-lo dentro de casa, mas o cheiro dele agora estava em mim.
- Não acredito, eu to cheirando a cachorro agora – eu falei com a maior cara de nojo e olhando para meus braços.
- Vamos embora, depois resolvemos isso. – Disse Dan, rindo como se eu fosse o bobo da corte.
Entrei no carro, e ainda estava enojada com o cheiro.
- Vamos parar no posto de gasolina, eu vou lavar meus braços lá, não vou agüentar isso muito tempo!
- Nem eu vou agüentar – Disse Caty, rindo. Ela finalmente falou, ela estava quieta, mas também, eu não a conhecia muito, só sabia seu nome, e que ela era amiga do Dan.
- Obrigada pela sinceridade – eu disse, tentando ser amigável, apesar de que ela poderia ter me interpretado mal.
- De nada, adoro ser sincera. – Ela disse, rindo, e com isso, também entendi que ela havia entendido minha brincadeira.
Chegamos ao posto de gasolina, eu desci correndo e fui em um bebedouro, e tentei lavar meus braços, esfreguei o máximo que eu podia, se eu esfregasse mais um pouco, eu tiraria a pele do meu braço, mas foi o suficiente para o cheiro diminuir.
- Acho que está melhor – eu disse, cheirando meus braços.
- Ah, ta ótimo – disse Jeff. Era incrível como que para ele tudo estava ótimo, mas tenho certeza porque não era ele que estava cheirando mal.
Entramos no carro, e fomos para Promissão, uma pequena cidade, carinhosamente chamada de Promisitio, porque definitivamente, era um sitio e também para pertubar Jeff, porque ele morava lá.

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